-
Prof. Dra. Honorina de Almeida
Pediatra, Doutora em Pediatria do desenvolvimento, pela Universidade de Freiburg/Alemanha, Especialista em Aleitamento Materno, pelo International Board of Lactation Consultant, Pesquisadora do Instituto de Saúde da SES.
-
Com quanto tempo o bebê pode sair de casa?
Em princípio um bebê saudável pode sair de casa desde as primeiras semanas de vida. No entanto, como é uma situação nova para bebê, mãe e pai, requer uma fase de acomodação. Nessa fase o bebê está adaptando-se ao mundo fora da barriga da mãe, então é importante que as saídas sejam planejadas e aconteçam de maneira gradual.As mulheres podem estar ainda muito cansadas (do parto, das noites sem dormir) e sensíveis. Os pais, por sua vez, também estão muito envolvidos e cansados com noites mal dormidas, ocupados com o retorno ao trabalho.Então a resposta à pergunta é: não tenha pressa, mas também não espere o bebê fazer um ano. Lembre-se que o bem-estar do bebê caminha junto com o bem-estar da família. Um bebê está pronto para sair de casa quando seus pais estiverem prontos.
-
Não é perigoso para a saúde do bebê um ambiente fechado como o cinema?
Se pensarmos no ambiente de uma sessão de cinema comum, que está preparada para receber pessoas adultas e crianças maiores, sim, ele talvez seja inadequado para o bebê e também para os pais que podem ficar constrangidos, por exemplo, se o bebê chorar. Mas isso muda quando pensamos em uma situação especial de cinema que se propõe a realizar uma sessão para pais acompanhados de seus bebês. O ambiente deve ser adequado para esse público. O ar condicionado em temperatura adequada, o volume do som reduzido e deve-se dar preferência para as primeiras sessões do dia.
-
Não há muitas bactérias no ar condicionado?
Essa é uma grande preocupação dos pais. E com razão, pois para garantir um ar limpo, os filtros do sistema de ar condicionado devem receber manutenção constante. O melhor é procurar um cinema de uma empresa conceituada.
-
O som não afeta a audição de um bebê?
Numa sessão para bebês, o som é reduzido, para não deixa-los irritados ou assustados.
-
O que muda no relacionamento mãe e bebê?
Esse é o ponto de maior impacto na iniciativa do CineMaterna. Principalmente em cidades muito grandes, a rede socifamiliar de mulheres que estão com bebês pequenos fica muito reduzida. Muitas passam a sofrer um isolamento social que não faz nada bem, nem para as mulheres e muito menos para os bebês. Um bebê dá muito trabalho, é certo, mas se uma mãe sabe que num determinado dia ela vai encontrar outras mães, conversar um pouco e ver um bom filme, esses meses iniciais ficam muito mais fáceis e gostosos. O bebê deixa de ser o motivo do isolamento e passa a ser o facilitador da construção de relações sociais. E isso é muito bom.
-
Com quanto tempo o bebê pode sair de casa?
-
Prof. Dr. Roberto Mario Silveira Issler
Médico Doutor em Pediatra, Professor de Pediatria na UFRGS (RS), Consultor em Amamentação certificado pelo International Board Certified Lactation Consultant.
-
Com quanto tempo o bebê pode sair de casa?
O bebê pode sair de casa tão logo sua mãe se sinta segura e em condições de poder atender a criança em outros ambientes.
-
Não é perigoso para a saúde do bebê um ambiente fechado como o cinema?
Os cinemas selecionados pelo CineMaterna possuem certificado de revisão do seu sistema de ar condicionado. Além disso, a sala é preparada para que especialmente os bebês se sintam confortáveis, como aumento da temperatura ambiente e manutenção de luzes de baixa intensidade para ajudar as mães a dar atenção aos bebês durante a sessão, se necessário.
-
O som não afeta a audição de um bebê?
O som dos cinemas é diminuído de intensidade justamente para não causar desconforto para os bebês e suas mães.
-
O que muda no relacionamento mãe e bebê?
Acho muito importante essa oportunidade para a mãe retomar sua vida social junto com seu bebê. Além disso, o encontro que o CineMaterna proporciona após a sessão dá oportunidade para que as mães conversem, troquem experiências, conhecimentos, dúvidas, sucessos e receitas de boa convivência com seus filhos. Trocas que só acontecem de uma mãe para outra mãe! Existe cumplicidade, confiança e talvez até novas amizades - entre as mães e mesmo entre os bebês - possam acontecer futuramente,
-
Com quanto tempo o bebê pode sair de casa?
-
Dr. Moises Chencinski
Médico pediatra e homeopata. Membro dos departamentos de Aleitamento Materno e de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo. Idealizador do movimento #euapoioleitematerno
-
Com quanto tempo o bebê pode sair de casa?
Até há algum tempo atrás, as mães ficavam com seus bebês em casa por 45 dias, em um período que era conhecido como “resguardo”. Durante esses dias, a mamãe aprendia a conhecer seu bebê e o bebê se mostrava para sua mãe aumentando, dessa forma, sua intimidade e proximidade, sem sair e muitas vezes até sem receber visitas. Uma das questões que se levava em conta era em relação à imunidade do recém-nascido e às vacinas. Vamos aguardar a vacinação para sair de casa? Cada vacina só protege contra aquela doença para a qual ela é aplicada. Assim, a vacina contra a tuberculose (BCG) não estimula a proteção contra a paralisia infantil (Sabin / Salk). Iria demorar muito até completar o calendário de vacinações e, mesmo assim, a proteção não seria total. As visitas trazem para dentro da casa da família aquilo que se tenta evitar a todo custo quando se mantém um bebê em casa: uma contaminação ou contato com potenciais agentes infecciosos. Leite materno, vacinação em dia, suplementação vitamínica adequada podem proteger o bebê.
-
Não é perigoso para a saúde do bebê um ambiente fechado como o cinema?
Vale lembrar que estamos sempre falando de bebês que nasceram a termo (9 meses) e que não apresentam nenhum problema de saúde relevante. Quando se fala em ambientes fechados para um bebê, a exposição a agentes potencialmente patogênicos (vírus, bactérias, poeira, ar condicionado, frio, som) precisa ser levada em consideração. E o cinema pode trazer todos esses problemas à saúde do bebê, quando falamos de uma sessão normal. Além disso, um bebê não tem um horário social e politicamente correto para chorar, fazer xixi ou cocô, ter fome, não é mesmo? Ele pode chorar de fome, por exemplo, no meio da sessão, e a mãe pode ou não amamentar essa criança no cinema e incomodar as outras pessoas (ou não). Porém, quando falamos sobre o CineMaterna... só mesmo estando lá para entender. Tudo é preparado adequadamente para o conforto e a segurança da mãe e seu bebê (e quem mais da família quiser vir). Luminosidade, temperatura, nível de som, trocadores, uma equipe preparada para garantir que a sessão de cinema seja um “spa de alma” no meio do dia-a-dia dessa família. Assim, as condições de risco dessa sessão de cinema não são maiores ou menores do que as que essas crianças enfrentam em qualquer outro ambiente fechado.
-
O que muda no relacionamento mãe e bebê com um programa como o CineMaterna?
Puxa, essa é uma resposta complicada. Mudar? Não sei se a questão é uma mudança. Isso depende de como é o relacionamento dessa mãe com seu bebê. Mas, com toda certeza, essa experiência amplia horizontes. Hoje há sessões do CineMaterna em mais de 30 cidades do país, que têm ritmos próprios, climas, trânsitos peculiares e em cada uma delas, eu só vejo... vantagens.Quando nasce um bebê, nasce uma mãe. E cada uma dessas mães passa por experiências de vida próprias, diferentes das que ela vivenciou até hoje. E, normalmente, ela vive em um ambiente positivamente “viciado” pelas mesmas experiências que as dela e as que ela já viveu (família, círculo de amigos).O CineMaterna mostra a ela outras realidades, não melhores ou piores, mas diferentes e permite que ela veja que não está só. Aos poucos, ao invés de só aproveitar o filme, a situação, o cuidado com ela e o bebê, ela passa a ser uma mulher a mais nessa corrente do bem e, depois de ser acolhida passa a acolher outras mães que ela nunca teria conhecido em outra situação. Abre-se a chance de uma riquíssima troca de experiências em que todos só ganham.Li uma frase em uma peça publicitária (um vídeo) que me chamou demais a atenção: "se o preconceito é uma doença, a informação é o remédio". Antes de firmar uma ideia, cada mãe deveria se informar e conhecer e passar por essa experiência, pelo menos uma vez (normalmente acaba sendo muito mais).Vale a pena para ela, para o(s) bebê(s) até 18 meses (já nem tão indefesos assim, mas ainda vinculados às suas mães e, muitas vezes limitantes de algumas vivências sociais), para a família e para todos os que participam desta iniciativa.
-
Com quanto tempo o bebê pode sair de casa?